Conexão Digital
Breve história da Internet e da criação de sites em Florianópolis

    A Internet existe há muito mais tempo do que a maioria das pessoas imagina. Foi no auge da Guerra Fria, década de 1960, na área militar nos Estados Unidos que ela surgiu. O objetivo era claro: o Tio Sam temia que os ataques russos nas suas bases militares pudessem tornar públicas informações muito sigilosas. Por isso, a intenção era de descentralizar esses dados e criar uma rede distribuída de informações.

    Neste intuito foi criada a ARPA (Advanced Research Projects Agency), naturalmente ligada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O governo provavelmente não fazia ideia de que para se proteger de um ataque que nunca ocorreu, ele deu início ao maior canal de comunicação e mídia do Século XX e XXI. 

    Somente na década de 1970 o uso da Internet começou a ser liberado para as universidades americanas, como a UCLA (Universidade da Califórnia), MIT (Instituto Tecnológico da Califórnia) e o Stanford (Stanford Research Institute). Nesta época, mesmo sendo incipiente, ela foi dividida em duas partes: MILNET para os militares e ARPANET para uso não militar. 

    Depois de muito uso acadêmico e militar, foi somente em 1992 que o cientista Tim Barners-Lee, do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) criou o termo WWW (World Wide Web), para fins financeiros e comerciais, tão conhecidos hoje em dia. 

    Com o acesso direto que temos hoje (2014), poucos param para perceber o tamanho do sucesso midiático e cultural, e as mudanças políticas e antropológicas que a Internet trouxe para todos nós. 

    No Brasil, entre 1987 e 1995, várias instituições de pesquisa brasileiras já estavam conectando suas redes com as instituições dos Estados Unidos e se interligando entre si pela RNP (Rede Nacional de Pesquisa). 

    Em Santa Catarina, a primeira instituição a ter a Internet como realidade foi a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em Florianópolis. 

    Foi neste turbilhão de novidades dentro da UFSC que vários dos profissionais que trabalharam com a criação dos primeiros sites em Florianópolis e Santa Catarina vieram. Dentre eles estão eu, Vicenzo Berti, e meu sócio, Ricardo Ribeiro Assink. 

    Embora trabalhe com Internet e Design, minha formação é em Arquitetura e Urbanismo. Sendo estudante do CTC (Centro Tecnológico) da UFSC, lembro bem do meu primeiro contato com a Internet no antigo laboratório de computação do terceiro andar do prédio da Engenharia Elétrica. Era tão e simplesmente uma tela preta com o cursor verde, onde líamos os emails em um software do antigo DOS (Disk Operating System) chamado Telnet. Enviar e receber um email era um evento. Era como receber uma carta, só que de forma instantânea. Uau! Sim, muitas vezes me sentia como um matuto que tinha visto pela primeira vez um aparelho de televisão. Posso dizer sem dúvida alguma que fui um dos primeiros a ter e usar uma conta de email em Florianópolis. 

    Fazer e divulgar sites naquela época era até mais tranquilo do que hoje, afinal eram poucos profissionais, poucos nevegadores, um nicho de mercado gigantesco a ser explorado e só um dispositivo - o computador. Hoje, com televisores de 50 polegadas, monitores, telas de notebooks e netbooks, tablets e smartphones dos mais variados tamanhos, além da quantidade grande de navegadores e sistemas operacionais, o desafio é muito maior. 

    Diferente da realidade da década de 1990, quando muitas vezes lançávamos o primeiro site do estado em um determinado nicho de mercado, divulgar um site atualmente para que ele seja percebido pelo seu públicio em potencial é realmente mais difícil e requer investimento da parte do cliente. Não há como não recorrer a estratégias de marketing digital, seja em links patrocinados no Google Adwords, ou em campanhas de gestão de conteúdo e de anúncios no Facebook, entre outras. Em 1998, apenas cadastrávamos o site do cliente no Cadê (Deus o tenha!) e voilá! O site do cliente estava acessível para todos que procurassem pelo que ele oferecia. 

    Sobre a venda do serviço, a realidade era bem pior do que hoje. Embora a concorrência fosse muito menor, pois havia poucos profissionais trabalhando com isso, muitas vezes era necessário explicar para o cliente o que era a Internet e principalmente do que se tratava um site. Atualmente a Internet está na realidade da TV, que comenta a cada telejornal pelo menos um site para ser acessado para mais informações. Obrigado, TV!

    No início, era comum a figura do “exército de um homem só”. O profissional, além de designer, era também desenvolvedor web e programador. Com o tempo, o mercado tratou de diferenciar as especializações e funções, separando as qualificações de cada área. Desta forma, o designer produz o projeto gráfico do site e o programador desenvolve ou apenas instala os códigos e sistemas no site. Outros profissionais felizmente também foram atraídos para o desenvolvimento da web, como publicitários, jornalistas, relações públicas e outros. Esta interdisciplinaridade trouxe para a Internet uma qualidade muito além do que era pensada na década de 1990. 

    E eis que vieram os dispositivos móveis, smartphones e tablets, que revolucionaram o desenvolvimento web. Hoje trabalhamos com sites responsivos que podem ser visualizados nesta miríade de opções de telas e dispositivos. O desafio aumentou, mas as possibilidades também aumentaram, seja para o desenvolvimento de soluções para os clientes, ou para projetos internos. 

    A realidade do mercado também mudou muito desde a década de 1990, quando praticamente todos aprederam a fazer sites e sistemas. Não havia formação específica na área, e as cadeiras nas universidades sobre o tema eram escassas, isso quando existiam. Hoje a qualificação e aprimoramento dos profissionais são vitais e é imprescindível para destacar o trabalho frente à grande quantidade de empresas e principalmente profissionais autônomos prestando este serviço. 

    Quanto ao contexto atual da cidade, Florianópolis está se transformando em pólo de tecnologia, com inúmeras empresas da área trabalhando para projetos, inclusive para outros países. Ou seja, temos um amplo mercado pela frente! Hoje, o setor de tecnologia, que também envolve o desenvolvimento de sites e sistemas web, é o maior pagador de impostos de Florianópolis, superando inclusive a indústria do turismo. 

    Vida longa e próspera para a Internet!
    Caso esteja em busca de gente boa e qualificada para criar seu site ou sistema, fale com a nossa equipe e venha tomar um café conosco.



    Vicenzo Berti - EquipeDigital.comVicenzo Berti é sócio da EquipeDigital.com e trabalha com internet desde o milênio passado. Já trabalhou com vários projetos digitais no Brasil, em Portugal, Canadá, outros estados brasileiros e principalmente em Florianópolis/SC, onde reside.

     

     

    Leia também:
    -
    Quer destacar sua empresa em meio à crise?
    - Como anunciar na Internet
    - Como aparecer no Google
    - 10 tendências de Internet e empreendedorismo para 2016
    - Inteligência competitiva para projetos e site
    - Veja o que o Inbound Marketing pode fazer pela sua empresa!