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Conheça os tipos de robôs que podem salvar sua vida

    A despeito de qualquer previsão que tenha sido feita sobre o futuro, há uma que interessa bastante em termos de saúde e tecnologia. Em 2030, a robótica poderá ser considerada uma espécie de muleta para os humanos, porque é ela que nos ajudará a prolongar a expectativa de vida.

    Uma dessas muletas estará dentro dos corpos distribuída como uma porção de nanorobôs. Com suas dimensões microscópicas, eles serão injetados para servir como mini-monitores de doenças e instabilidades no sistema imunológico. "Essa forma não invasiva de monitoração e manutenção da saúde tem a promessa de aumentar a expectativa de vida, em 2030", comenta Antonio Espingardeiro, membro do IEEE e especialista em robótica independente.

    "Estes robôs em breve terão a capacidade de detectar doenças, desobstruir artérias ou mesmo fornecer injeções de medicamentos como a insulina", disse ele, completando que o recurso ajudará a identificar e tratar doenças em estágio inicial e permitirá que os corpos funcionem corretamente por longos períodos de tempo.

    Os pequenos seres artificiais também poderão acompanhar o processo de produção alimentícia para evitar problemas, e robôs já estão sendo projetados para trabalhar em linha com essa indústria.

    "No caso de análise dos níveis de mercúrio no peixe, a umidade durante o processo de envelhecimento do queijo ou os níveis de acidez durante a fermentação do vinho, esses robôs em miniatura podem proporcionar a percepção necessária, não só para melhorar a qualidade do sabor, mas também para minimizar o risco de doenças de origem alimentar", comenta o dr. Paul G. Ranky, membro do IEEE e professor do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey (NJIT, na sigla em inglês).

    Antonio Espingardeiro falou ainda sobre mais um tipo de capacidade que em poucos anos deve transformar a robótica: são os equipamentos capazes de mudar de forma. O futuro desta tecnologia tem aplicações do mundo real para uso na construção, manufatura, gestão de tráfego, busca e resgate. Segundo ele, há aspectos técnicos que ainda precisam ser trabalhados, mas, teoricamente, robôs morfogênicos poderiam se transformar em uma bola, formar uma ponte provisória, diminuir de tamanho ou aumentar sua forma para formar barreiras.

    Por último, o dr. Robin Murphy, diretor do Centro de Informática Emergencial e um dos responsáveis pela seleção das mulheres mais influentes em tecnologia realizada pela Fast Company, traz o exemplo de robôs usados em missões de busca e resgate. Com o tamanho de uma caixa de sapato, esses dispositivos se movimentam como cobras e conseguem cavar escombros para realizar exames iniciais estruturais em uma área danificada, monitorar qualquer vida humana e apresentar avaliações aéreas.

    "Muitas vezes, missões de busca e resgate podem ser tão prejudiciais para socorristas como aqueles que experimentaram o desastre em primeira mão", justificou Murphy. "Até 2030, o uso de pequenos robôs terrestres, veículos aéreos não tripulados (AUVs) e veículos subaquáticos operados remotamente (ROVs) em operações de busca e resgate vai reduzir o número de vidas perdidas em 50% e acelerar a recuperação econômica, que será até duas vezes mais rápida".

    Fonte: Olhar Digital